Não falamos de nada

Senão de sonhos.

A linha entre o certo e o errado as vezes é tênue? É possível que, em algumas ocasiões, esse limite ser ultrapassado? Ou é só coisa da nossa cabeça. A estâncias que não devemos chegar ou ir, mas como definir? Nem sempre nossa moral ou ética estará preparada para lidar com o que se apresenta a frente e somos obrigados a tomar uma decisão.

Quando os pares conhecem as regras de antemão, já sabem como podem ou não agir naquela situação. Mesmo que ela seja algo que não pertença a realidade vivenciada por um dos dois ou ambos. Como um sonho, onde nenhuma regra se aplica, mas todos estão conscientes disso, as coisas se desenvolvem dentro do que se pode esperar daquela experiência.

Penso muito na questão indiana no trânsito, em comparação ao Brasil, para falar disso. O que eu já vi a respeito disso, é que nós temos regras, e algumas vezes as burlamos e algo acontece, por sua vez, os indianos não as tem, mas convivem bem com isso. A diferença entre eles, é a clareza na Índia da prática na vivência, ou seja, você tem de estar atento, porque vale quase tudo. Enquanto nós, em nossa organização desorganizada, nos perdemos e sofremos pelo que não existe. Tanto física quanto mentalmente.

Mas o que isso tem a ver com o título deste texto? Talvez não muita coisa, mas no mundo ilusório do salgueiro, as regras são claras e os limites também.

Por isso não falamos de nada, senão em sonhos.

Pensem, contestem e opinem.