Ou das
mentiras que te contam.
Aproveitando-me
do fato de que posso ler várias produtos (livros, artigos,
trabalhos, etc) de graça na internet, material este perfeitamente
legal, faço uso das minhas próprias palavras: para criticar é
preciso conhecer. Então sigo lendo, em ocasiões diferentes faço
uso de outros sensos para apreciar, ou não, o objeto do meu
escrutínio. Uma vez que já dei como conselho conhecer sobre o que
se critica, preciso seguir o que passo a frente. Muito fácil seria
dizer o que o outro tem de fazer sem ao menos tentar cumprir o que
predigo.
Recentemente,
tive uma discussão muito positiva com um colega. Digo que ela foi
positiva não pelo fato de termos concordado com tudo, não, muito
pelo contrário, não houve qualquer concordância. Mas fiquei com
esse ponto na minha cabeça, não uma interrogação, apenas o fato
de que não posso falar de algo, criticar negativamente sem ter o
conhecimento.
Assim,
como falei acima, sigo procurando saber do que falam ou que escrevem.
Por ter me formado em Direito, tive que estudar noções de matérias
afins das áreas de Humanas e Sociais, como Antropologia, Sociologia
e Política. Vocês devem saber como as teorias de formação do
estado são importantes na formação deste conceito dentro dos
institutos jurídicos, principalmente em relação a matéria de
Constitucional. Uma forma rápida e fácil de ver como as coisas
estão entrelaçadas é a nomenclatura do início do estudo: Teoria
do Estado – podendo ser algo a parte ou diretamente como parte de
Constitucional I.
Eu já
tenho um tempinho de formada, então resolvi pegar algumas coisas
para reler e outras para fazê-lo pela primeira vez. Lembro que foi
um parto para ler o “Manifesto Comunista”, mas estranhamente, ele
desceu muito mais suave na leitura. A verdade é que fiquei
ensandecida por ver tanta coisa de graça e saí pegando tudo. A
louca total.
Porém,
uma das ideias mais propaladas e propagadas no Direito desceu como um
purgante na minha cabeça esses dias: o contrato social. As vezes,
parece que a gente não pensa muito e só vai levando aquilo para
passar nas provas. Não adiante vir com ladainha pseudo-filosófica
para me dizer que isso é uma abstração, pois eu vou te dizer uma
coisa:
Sim, foi
assim que me senti. Meio que parei de ler, o afã de reencontrar essa
ideia se foi. Estou me detendo sobre Nísia Floresta e Vindication
of the Rights of Woman estão, com toda a certeza, muito mais
palatáveis e agradáveis.
Não tem
base nenhuma. Melhor nossa sociedade se baseia em um monte de nada,
vamos ser mais coerentes. Se fosse um livro físico, provavelmente me
daria vontade de jogar no lixo. No entanto, farei um esforço imenso
e irei terminar de ler e seguirei com os outros que também peguei –
não exatamente outros livros de Rousseau, mas os demais que seguem
essa linha sócio-político cultural.
Não, não
confio na ideia trazida por outros, devo fazer um escrutínio
próprio, pois cada visão é embaçada pelo aquilo que a formou.
Como disse àquele colega, nem a minha visão é confiável, até ela
deveria passar uma revisão da parte dele.
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