domingo, 23 de agosto de 2015

O futuro é a prova de balas

Ou das mentiras que te contam.

Aproveitando-me do fato de que posso ler várias produtos (livros, artigos, trabalhos, etc) de graça na internet, material este perfeitamente legal, faço uso das minhas próprias palavras: para criticar é preciso conhecer. Então sigo lendo, em ocasiões diferentes faço uso de outros sensos para apreciar, ou não, o objeto do meu escrutínio. Uma vez que já dei como conselho conhecer sobre o que se critica, preciso seguir o que passo a frente. Muito fácil seria dizer o que o outro tem de fazer sem ao menos tentar cumprir o que predigo.

Recentemente, tive uma discussão muito positiva com um colega. Digo que ela foi positiva não pelo fato de termos concordado com tudo, não, muito pelo contrário, não houve qualquer concordância. Mas fiquei com esse ponto na minha cabeça, não uma interrogação, apenas o fato de que não posso falar de algo, criticar negativamente sem ter o conhecimento.
Assim, como falei acima, sigo procurando saber do que falam ou que escrevem. Por ter me formado em Direito, tive que estudar noções de matérias afins das áreas de Humanas e Sociais, como Antropologia, Sociologia e Política. Vocês devem saber como as teorias de formação do estado são importantes na formação deste conceito dentro dos institutos jurídicos, principalmente em relação a matéria de Constitucional. Uma forma rápida e fácil de ver como as coisas estão entrelaçadas é a nomenclatura do início do estudo: Teoria do Estado – podendo ser algo a parte ou diretamente como parte de Constitucional I.
Eu já tenho um tempinho de formada, então resolvi pegar algumas coisas para reler e outras para fazê-lo pela primeira vez. Lembro que foi um parto para ler o “Manifesto Comunista”, mas estranhamente, ele desceu muito mais suave na leitura. A verdade é que fiquei ensandecida por ver tanta coisa de graça e saí pegando tudo. A louca total.
Porém, uma das ideias mais propaladas e propagadas no Direito desceu como um purgante na minha cabeça esses dias: o contrato social. As vezes, parece que a gente não pensa muito e só vai levando aquilo para passar nas provas. Não adiante vir com ladainha pseudo-filosófica para me dizer que isso é uma abstração, pois eu vou te dizer uma coisa:

Sim, foi assim que me senti. Meio que parei de ler, o afã de reencontrar essa ideia se foi. Estou me detendo sobre Nísia Floresta e Vindication of the Rights of Woman estão, com toda a certeza, muito mais palatáveis e agradáveis.
Não tem base nenhuma. Melhor nossa sociedade se baseia em um monte de nada, vamos ser mais coerentes. Se fosse um livro físico, provavelmente me daria vontade de jogar no lixo. No entanto, farei um esforço imenso e irei terminar de ler e seguirei com os outros que também peguei – não exatamente outros livros de Rousseau, mas os demais que seguem essa linha sócio-político cultural.
Não, não confio na ideia trazida por outros, devo fazer um escrutínio próprio, pois cada visão é embaçada pelo aquilo que a formou. Como disse àquele colega, nem a minha visão é confiável, até ela deveria passar uma revisão da parte dele.

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