domingo, 16 de agosto de 2015

Um jogo estranho

As vezes me pergunto como a interpretação de algo, mais especificamente em termos musicais, pode transformar tanto a forma como vemos aquele objeto. Para tornar esse início menos abstrato, vamos dar nomes aos bois, ou no caso, aos intérpretes: Chris Isaac e o grupo Him. Vocês não sabem o quanto eu não suporto a versão de Wicked Game pelo primeiro, mas simplesmente não paro de ouvir, no segundo caso.

Eu não sei vocês, mas eu tenho uma relação muito forte com a música. Não sei se é apenas pelo fato de ter crescido numa casa que sempre se ouviu muito, pelo fato de que meu pai era músico, produtor e diretor musical, mas por pensar em termos dos sons e meus próprios sentimentos. Ou de gostar de ouvir, cantar e sair para dançar.
Contrariando um pouco o gosto que meu pai tinha e minha mãe tem, o rock em suas outras vertentes menos mainstream* começaram a chamar minha atenção. Ah, o metal e o punk! E, hoje em dia, com uma pitada daquele refresco grunge. Eu era feliz e não sabia. Não, não.
Calma, não vamos nos esquecer que existem algumas adições mais novas que podem ter trazer boas músicas, não posso deixar de dizer que nesse período emo que passou, apareceram algumas mentes criativas. O que diríamos quanto a Gerard Way? Você pode não gostar, mas tem que pensar que o cara é um artista – apenas lembre dos conceitos trazidos em algumas músicas e clipes do grupo My Chemical Romance.
E eu lhes dou mais uma palinha: um bom rock and roll sempre cai bem com a história de algum personagem de RPG, seja de jogador ou do mestre. Ou até para montar a trilha sonora daquela campanha. Já joguei ao som de Black Sabbath (a música e a banda), consegue imaginar? No meio do cemitério sendo perseguido por Jason com a motosserra e ao som da música do álbum Reunion – com direito a chuvinha caindo em pleno jogo.
Mas, por favor, jamais me chamem para ouvir Wicked Game nessas vozes que querem que eu durma. Simplesmente não dá! E não há qualquer sensualidade nisso. Contudo, acho simplesmente incrível como as músicas do ABBA podem cair tão bem com metal. Tem música que, ao ouvir, jamais diria que é deles. E muito músico metaleiro curte esse tipo de som, tanto que há um álbum tributo ao grupo e alguns outros artistas que já fizeram versão das músicas e você pode nem saber quem. Tipo Therion...
Eu poderia indicar algumas boas coisas para serem ouvidas nesse delicioso dia de domingo - no Rio ou em qualquer lugar - mas deixo para a imaginação de vocês.
Lembrem-se que a arte é uma arma. ;)


* Um a parte aqui para explicar o mainstream lá de cima. Geralmente quando as pessoas pensam em rock (e que elas gostam) por vezes pensam em coisas mais tranquilas como o velho e bom rock and roll. Mas esse som é muito mais que simplesmente isso.

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